Os animais, assim como o homem, necessitam de cuidados de saúde. Esta é uma afirmação redundante, mas para tratá-los muitas vezes nós, Veterinários, precisamos mais do que remédios. No dia-a-dia surgem pacientes com anemias profundas, como por exemplo, em acidentes ou doenças com extensas perdas de sangue, intoxicações ou após cirurgias complexas. A nossa base de dados actualmente trabalha com sangue de cães e gatos a qual é utilizada diariamente para salvar vidas animais na nossa clínica e noutras com as quais colaboramos.
O nosso banco de dadores de sangue necessita diariamente de novos elementos.
Os candidatos a doadores são examinados pelos Médicos Veterinários que avaliarão pormenorizadamente as condições de saúde do animal. Após a colheita de sangue são realizados exames de despiste de doenças transmissíveis pela transfusão.
Assim como os humanos, cães e gatos têm também diferentes tipos de sangue. Idealmente, tanto um dador como um receptor devem ter o sangue tipificado, para evitarmos desse modo reacções de incompatibilidade no receptor. A Clínica dispõe de testes rápidos que permitem identificar tanto no cão como no gato o seu tipo de sangue.
Cães Dadores têm de ter pelo menos 25 kg de peso e os gatos 5 kg, 2 a 6 anos de idade, ser saudáveis, vacinados e calmos.
A doação de sangue é feita sem qualquer sedação, segue-se uma refeição agradável e ficam com direito a um conjunto de regalias vitalícias. Não há remuneração financeira para os proprietários.
Para que tudo isto seja possível é necessário ter uma base de dados de dadores de sangue perfeitamente detalhada e completa. Todas as novas inscrições são bem-vindas.
Por solidariedade salvam-se vidas de animais anémicos e um dia o seu cão ou gato pode ser o elemento central deste processo.
P: “Tenho uma gata com um ano de idade. É perigoso fazer a esterilização?”” (Rita Costa, Viseu)
R: A Esterilização é realizada sob anestesia geral, e como tal envolve sempre alguma dose de risco. No entanto, a esterilização é já uma cirurgia de rotina e é segura quando realizada por um Médico Veterinário consciente e rigoroso. Durante a cirurgia com a anestesia volátil deve ser feita uma monitorização de todos os sinais vitais. Fale com o seu Veterinário e certifique-se de que todas estas condições são satisfeitas. Há contudo que ter em conta que existem determinadas alturas em que os riscos são maiores para esterilização de uma fêmea como, por exemplo, quando a fêmea se encontra com o cio ou está muito próxima de dar à luz. Se possível, deverá evitar-se a esterilização nestas alturas. É recomendável aguardar-se pelo menos 3 semanas depois do último cio e 2 a 3 semanas depois do desmame.