Semana da Leishmaniose

A Leishmaniose é uma doença causada por um protozoário chamado Leishmania infantum. Causa doença em cães, roedores silvestres e no Homem. Raramente causa doença em gatos. A transmissão é feita através de uma picada de um mosquito flebótomo. Em Portugal considera-se que quase todo o território continental é endémico de Leishmaniose canina. Existem, no entanto algumas regiões onde o risco de infecção é maior, nomeadamente a região metropolitana de Lisboa e Setúbal, Trás-os-Montes e Alto Douro, a Beira Interior, grande parte do Alto e Baixo Alentejo e o Algarve.

Os flebótomos são insectos de pequeno tamanho que, ao contrário dos mosquitos, não emitem um zumbido. A cor varia desde amarelo claro a castanho escuro. Quando um flebótomo pica um cão infectado com leishmaniose, ingere os parasitas juntamente com o sangue. Estes chegam ao estômago do mosquito, onde se reproduzem. No momento em que o mosquito pica outro cão, os parasitas são transmitidos para o novo hospedeiro disseminando a doença.

A Leishmaniose é uma doença de evolução lenta e os sintomas são progressivos. Os sinais mais comuns são perda de peso, aparecimento de descamação e seborreia, crescimento exagerado das unhas, queda de pêlo e ulceração nos pavilhões auriculares, à volta dos olhos e nas zonas de protuberâncias ósseas. Com o tempo desenvolve-se atrofia dos músculos da cabeça. Existe inflamação dos vasos sanguíneos, o que leva ao aparecimento de sangramento pelo nariz. Numa fase mais avançada há dano nos órgãos internos, principalmente dos rins.

O diagnóstico desta doença é feito com base nos sinais clínicos e pela realização de uma análise sanguínea, que detecta a presença de anticorpos no sangue.

Não existe até à data nenhum tratamento que permita a cura completa de cães com leishmaniose.  Com os medicamentos existentes consegue-se a remissão dos sinais clínicos, no entanto, o animal pode ficar portador do parasita, podendo vir a ter recaídas passados meses ou anos. O tratamento será tanto mais fácil e de menor duração quanto mais cedo for diagnosticada a doença e iniciada a medicação adequada. A maior parte dos animais consegue ter uma boa qualidade de vida, desde que se cumpra com o plano de tratamentos e reavaliações clínicas recomendadas pelo Medico Veterinário assistente.

Como forma de prevenir esta grave doença existem vários produtos antiparasitários, sob a forma de  coleiras ou pipetas. Estes produtos funcionam como repelentes para os mosquitos, evitando que piquem o animal e transmitam a doença. Com uma utilização adequada conseguem-se taxas de protecção de cerca de 95% para alguns produtos.

Esta é considerada pela OMS uma doença de grande expansão a nível mundial e dada a sua gravidade quer nos animais quer no homem, ela deve ser vigiada.

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