Problemas de coração

Assim como o homem tem problemas de coração, os cães também tem. As principais cardiopatias caninas manifestam-se principalmente em animais mais velhos. Estima-se que cerca de 10% dos cães venham, mais cedo ou mais tarde, a desenvolver uma doença cardíaca.

As doenças cardíacas surgem sobretudo em animais mais velhos. A detecção precoce destas doenças é essencial para que se consiga travar o desenvolvimento de quadros clínicos severos. Os primeiros sinais são tosse, prostração, alguma dificuldade em respirar e perda de peso. Os animais apresentam também alguma relutância ao exercício e um cansaço mais frequente. À auscultação cardíaca, muitas vezes é audível um sopro, alteração do ritmo cardíaco ou em casos mais avançados, podem auscultar-se também ruídos a nível pulmonar. Na maioria dos casos, as cardiopatias caninas são adquiridas, mas existem também algumas doenças congénitas mais frequentes em algumas raças de cães.

Existem duas doenças cardíacas mais comuns nos cães. Especialistas avançam com diferentes números, mas aponta-se que 90% dos cães com problemas no coração tenham uma destas doenças: Cardiomiopatia dilatada (mais frequente em raças de grande porte) ou endocardiose da válvula mitral (mais frequente em animais de pequeno porte).

Na Cardiomiopatia dilatada as câmaras do coração dilatam progressivamente, fazendo com que as paredes do coração se tornem mais finas. Como consequência, o músculo do coração perde a capacidade de contrair e bombear o sangue. Na endocardiose da válvula mitral, existem alterações ao nível das válvulas que impedem o seu fecho durante a contracção do coração, que em última análise levam ao aparecimento de insuficiências cardíacas.

Os cães que apresentam estas doenças podem não ter uma insuficiência cardíaca. Esta é o resultado da progressão da doença. As duas condições provocam dificuldade em bombear o sangue que, se não for detectada a tempo, leva a uma retenção de líquidos para tentar aumentar o volume circulante. No entanto esta medida a longo prazo só vai ter efeitos negativos no organismo, pois leva à acumulação de líquidos nos pulmões (edema pulmonar), na cavidade abdominal (ascite) ou sob a pele. Geralmente quando se fala em insuficiência cardíaca, fala-se também na acumulação de líquidos numa destas regiões do corpo do animal.

Assim como no ser humano existem métodos e exames para prevenção de algumas doenças, no cão também. Aquando da vacina anual é sempre feito um exame físico ao seu cão, e qualquer alteração do ritmo cardíaco ou sopro será notada. Se este for o caso, o seu Médico Veterinário aconselha-lo-á a fazer mais exames ao coração, nomeadamente radiografias torácicas, electrocardiogramas ou ecocardiogramas. No entanto, mesmo que ele não tenha nenhum problema, a partir dos 6-7 anos convém começar a fazer alterações a nível alimentar, para dietas com menor conteúdo em sal e proteínas (dietas Senior). Qualquer alteração que note no seu cão, não deve ser encarada como sinal de velhice, e por isso normal, sem que ele seja visto por um médico veterinário. Este fará um exame clínico, e caso haja uma patologia cardíaca, iniciará o tratamento o mais rapidamente possível, pois neste tipo de doenças que eventualmente são fatais, quanto mais cedo se iniciar o tratamento, maiores são as probabilidades de o animal viver mais tempo e com melhor qualidade de vida.…

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