O perigo das conjuntivites.

A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, membrana mucosa semitransparente, de aspecto húmido e brilhante que recobre as superfícies internas das pálpebras e a parte branca do olho (esclera). A conjuntivite caracteriza-se por corrimento ocular e “olho vermelho” ou congestionado nos animais. Pode ser de origem infecciosa, alérgica, tumoral, traumática ou até secundária a outras doenças.

A conjuntivite é a doença oftalmológica mais vulgar cão, sendo normalmente secundária não havendo uma doença primária da conjuntiva que determine o processo. Diferente do que ocorre em cães, a conjuntivite em gatos geralmente é desencadeada por causas primárias como vírus ou bactérias.

Em primeiro lugar encontram-se os factores físicos, como poeiras, ervas, pólens na origem das conjuntivites. Algumas vezes, os corpos estranhos fazem parte integrante da pálpebra, como por exemplo uma pestana mal implantada, que arranha a conjuntiva, e também a córnea podendo originar situações mais graves como as úlceras da córnea.

Os fenómenos alérgicos, muito frequentes no cão, como picadas de insectos, provocam edemas da face, inchaços das pálpebras e consequentemente conjuntivites. As alergias não são contagiosas e, portanto, não representam, qualquer ameaça para os outros animais.

Clinicamente, os principais sinais observados em conjuntivites agudas são: irritação ocular, olho avermelhado, intolerância à luz ou fotofobia, blefarospasmo (piscar constante do olho), edema da conjuntiva, dor, secreção ocular e lacrimejamento devido à inflamação.

Nos casos mais avançados da infecção, outras estruturas oculares podem ser afectadas, conduzindo a um comprometimento da visão. É uma doença dolorosa, que deve ser tratada imediatamente, para não se tornar crónica.

O tratamento da conjuntivite está dependente do factor etiológico, necessitando da intervenção de um Médico Veterinário. Em casos mais graves, pode ser necessário recorrer à medicação oral e até à cirurgia para além dos colírios e pomadas oftálmicas locais. A maioria dos casos irá responder ao tratamento, no entanto, pode demorar uma a duas semanas para recuperar plenamente. Em geral, o tratamento deve ser continuado, mais alguns dias, após o olho recuperar o seu aspecto normal.

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